20 novembro, 2006

Nostalgia

Bill Haley

"A primeira gravação rock'n'roll que obteve popularidade nacional foi "Rock Around the Clock" produzida por Bill Haley e The Comets, em 1955. Harley fez sucesso ao criar uma música voltada para a juventude, que incluía suas batidas empolgantes, a necessidade de se dançar e o efeito de suas letras. A melodia era claramente tirada por sua guitarra elétrica; as letras eram normais e simples. Haley acabou abruptamente como a ascendência das baladas suaves e sentimentais, que eram populares nos anos 40 e início dos 50. Ele também obteve êxito ao utilizar o ritmo black e o blues, de forma que o público de adolescentes brancos pudesse entender."


Com este pequeno trecho abrimos a postagem nostalgia do mês de Novembro. falando dele que foi um dos primeiros nomes do Rock no mundo Bill Haley.

Bill Haley ou Willian John Clifton (6 de julho de 1925 - 9 de fevereiro de 1981) foi um músico de rock and roll.Ele nasceu em Highland Park, Michigan e foi criado na Pensilvânia. Em 1946, Halley formou seu primeiro grupo profissional, uma banda country chamada Down Homers, depois da qual ele passou a seguir carreira solo. Haley lançou inúmeros compactos country nos anos 40, sem sucesso, enquanto trabalhava de músico itinerante e DJ. Em 1951 ele e sua nova banda The Saddlemen resolveram tocar em outro estilo, gravando versões das músicas "Rocket 88" e "Rock this Joint" de Jackie Brenston. O sucesso relativo alcançado por elas convenceu Haley de que ele poderia ser um roqueiro famoso. Em 1952 o Saddlemen passou a se chamar Bill Haley & His Comets e, em 1952 a composição de Haley, "Crazy Man Crazy" tornou-se o primeiro rock a entrar nas paradas de sucesso americana.Em 1953 uma canção chamada "Rock Around the Clock" foi composta para Haley, mas ele só conseguiria gravá-la em 12 de abril de 1954. Inicialmente não obteve suceso, mas Haley logo alcançaria fama mundial com sua versão de "Shake, Rattle and Roll" de Big Joe Turner, que venderia milhões de cópias. Haley e sua banda foram primordiais ao divulgar a música conhecida como "Rock and Roll" entre o público branco, depois de anos considerada como um movimento underground. Quando "Rock Around the Clock" apareceu na trilha sonora do filme BlackBoard Jungle, encadeou uma revolução musical que abriu as portas para talentos como Elvis Presley. Haley continuou a emplacar sucessos nos anos 50, como "See You Later Alligator", e estrelou o primeiro musical cinematográfico de rock and roll. Sua fama logo seria ultrapassada nos EUA pelo mais famoso e mais sexy Elvis, mas Haley continuaria a ser um grande astro na América Latina e na Europa pelo resto de sua carreira. Seus últimos shows foram na África em 1980. Ele foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll em 1987.Os Comets originais de 1954/55 ainda continuam se apresentando ao redor do mundo. Embora na faixa etária dos 70 aos 82, a banda não mostra sinais de cansaço e recentemente lançou um DVD ao vivo.
Pra ficar mais prático, os 50 anos do rock são comemorados em 2004. Abril e maio são as datas aproximadas do “nascimento”: os meses de 1954 em que foi gravada e lançada “Rock Around the Clock”, de Bill Haley & His Comets, o marco zero do rock’n’roll como sucesso comercial e impacto real.Haley não foi um Einstein que descobriu sozinho a equação do rock. Deu a sorte de sair na pole-position e liderar as primeiras voltas.Ao mesmo tempo que ele, outros músicos de todas as raças e de várias partes dos EUA já faziam suas acelerações do rhythm’n’blues negro e misturavam com o country branco (lembre-se: se ainda existe racismo hoje em dia, imagine naqueles tempos). Um cruzamento que deu no que deu. Estudiosos consideram que o primeiro rock é “Rocket 88”, do pianista/cantor Jackie Brenston junto do guitarrista Ike Turner (futuro marido de Tina Turner), lançado em 1951. Pelo som, até sim. Mas “Rocket 88” não virou a cabeça do mundo.
Bill Haley e sua banda já tocavam country e rhythm’n’blues em seus shows, mas mal conseguiam fazer discos regularmente. Em 12 de abril de 1954, gravaram “Rock Around the Clock” com euforia e eletricidade inéditas. Semanas depois, o disco foi para as lojas.A música foi adotada como referência do “novo ritmo dançante” e virou tema de dois filmes: um “Rock Around the Clock” (“No Balanço das Horas”); o outro botou a música na abertura e era sobre deliquência juvenil, “The Blackboard Jungle” (“Sementes da Violência”).Aquela pulsação de ritmo (além da sugestão de sexo “pecaminoso” em sentido figurado) fazia o pessoal dançar e enlouquecer no cinema, rechaçando uma repressão puritana com solidez de muitas décadas. Quebra-quebras e tumultos foram registrados em cinemas dos EUA e, depois, do resto do planeta.Os filmes deram novo impulso a “Rock Around the Clock”. Um ano depois de seu lançamento, o compacto se tornou o primeiro disco de rock a alcançar o 1º lugar da parada Billboard, a referência oficial do mercado americano.
Não é que não haveria rock sem Bill Haley. Possivelmente, estouraria de qualquer jeito.Mas seu sucesso e a empolgação que despertou abriram caminho para que, nos meses seguintes, gente como Elvis Presley e Chuck Berry soltasse seus primeiros discos com mais facilidade e desse qualidade maior ao estilo. Por mais boa pessoa, trabalhador e competente que fosse, Haley não era um grande cantor nem um espírito criativo original. Para piorar, era “velho” (tinha quase 29 quando gravou “Rock Around the Clock”), gorducho e sem um pingo de carisma rebelde.Em dois anos, por vias naturais, os moleques topetudos tomaram as rédeas e deixaram Bill Haley apenas com uma carreira de “o homem que começou tudo”. O que é uma carreira decente. É possível sobreviver dignamente sem provocar uma “revolução cultural” a cada disco, exigência cabeça que só nasceu muito depois de “Rock Around the Clock”. Por sinal, essa música instigou uma reviravolta espontânea, acidental, despretensiosa, bagunçada e que muita gente gostou sem imposição. Portanto, autêntica.
Com “Rock Around the Clock”, nenhum pêlo de ouro foi achado em ovo choco dentro do “caldeirão de influências e releituras” para forçar uma tendência – costume muito comum hoje, quando lagartixa solta fogo e se acha em condições de chamar São Jorge pro mano a mano. Longe da primeira divisão, o tiozinho Bill Haley ganhou seu sustento excursionando pelo mundo (passou pelo Brasil em 1959 e 1975), obviamente sempre tocando “Rock Around the Clock” (e seu segundo e menor sucesso, “See You Later, Alligator”).
Haley morreu aos 56 anos em fevereiro de 1981, esquecido e obscuro. Mas com um mérito histórico genuíno.

Agora vamos ficar com 2 clips sensacionais de Bill Haley: Rip It Up e Calling All Comets

Bill Haley - Rip It Up



Bill Haley - Calling All Comets

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